A mesa explora a experiência de antropólogas negras e não-brancas brasileiras engajadas com os estudos da Diáspora Africana. Fazemos uma reflexão sobre a teoria antropológica e uma “variedade de antropologias” em nossas pesquisas e ensino. Partimos dos desafios apresentados em nossos contextos sócio-políticos e propomos discutir sobre quais “antropologias” podem ser possíveis no interior de um debate baseado numa perspectiva crítica Afro-diaspórica e Afro-centrada. Para tanto, incorporamos as realidades brasileira e internacional como material que nos informa sobre o momento atual de enfrentamento de políticas anti-negras. Estamos ligadas à instituições universitárias no Brasil – Rio de Janeiro, Bahia, Ceará e Pará, nos Estados Unidos e em Cabo Verde. Considerando os diferentes significados e lugares de produção e reprodução do conhecimento antropológico, e tomando o lugar dos estudos da diáspora africana como fonte analítica e pedagógica, discutiremos: Como se (re)configura uma “teoria antropológica” pensada a partir da Diáspora Africana? Quais são as (im)possibilidades e limites para uma antropologia feita por intelectuais negras africanas, Afro-diaspóricas e não-brancas? O que temos (des)feito no interior da disciplina antropológica, impactando o modo como ela se realiza institucionalmente? E quais são os desafios que a sala de aula impõe sobre a perspectiva de uma antropologia feita por mulheres negras e não-brancas dentro e fora do país?