MC 01. Alteridades urbanas em movimento: um exercício de deslocamento na cidade

Coordenador(es):
Rumi Regina Kubo (UFRGS)

Ministrantes:
Sessão 1: 
Camila Braz da Silva (UFGRS)
Sessão 2: 
Fabricio Barreto Fuchs (PPGPP/UFRGS)
Sessão 3: 
Guillermo Stefano Rosa Gómez (UFRGS)

O deslocamento por meio da caminhada faz parte da experiência humana. Caminhar é produzir lugares, uma ação que se constitui como ato perceptivo e criativo. Caminhar na cidade é perceber cheiros, sonoridades, clima, imagens e temporalidades. Na pandemia, o deslocamento caminhante estende-se para outras formas, nos levando a refletir sobre procedimentos e estratégias em nossas pesquisas na urbe.

Resumos submetidos
Coleções etnográficas e memória da pesquisa
Autoria: Guillermo Stefano Rosa Gómez (UFRGS)
Autoria: Nessa fase atuaremos na mediação, estruturação metodológica e tessitura narrativa dos exercícios das/os participantes do minicurso, valorizando os diferentes universos de pesquisa, escalas e contextos de cidade e suas particularidades. Introduziremos noções de coleção antropológica e acompanharemos o resultado da criação de narrativas dos relatos de campo. As/os participantes serão estimuladas/os a utilizarem os mais diversos suportes imagéticos (escrita, fotografia, som, vídeo, desenho, etc) para a apresentação de suas coleções. Nosso intuito é estabelecer as bases de uma inteligibilidade narrativa dos percursos urbanos em cidades brasileiras. Para isso, enfatizamos as potencialidades da cidade enquanto criação literária, metáfora conceitual, memória e imagem na produção de etnografias multissituadas.
Deslocar-se para narrar nas (as) cidades
Autoria: Camila Braz da Silva (UFRGS)
Autoria: Apresentaremos o campo temático que sustenta a abordagem antropológica de percursos citadinos, retomando um trajeto intelectual da antropologia visual e urbana brasileira e discutindo conceitos tais como o de etnografia de rua, errância urbana, deriva e nomadismo. Discutiremos a importância dos trajetos e itinerários urbanos para a resolução de insights de pesquisa, a partir de diferentes estratégias metodológicas, que combinam o uso de gravadores de áudio, câmeras fotográficas, desenhos, colagens, relatos escritos ou plataformas de mapeamento online. Nesse contexto, distintos projetos vinculados ao Núcleo de Antropologia Visual e Banco de Imagens e Efeitos Visuais (PPGAS/UFRGS) e de sua expressão na Revista Digital Fotocronografias serão nossa base formativa das possibilidades de narrar os deslocamentos urbanos a partir de imagens.
Produzindo um relato de cidade imaginada
Autoria: Fabricio Barreto Fuchs (UFRGS)
Autoria: Caminhadas pela cidade parecem impensáveis em tempos pandêmicos, que coincidem com a ausência de uma política nacional clara de combate ao vírus. Essa situação global impôs transformações na vida em sociedade que incluem a realização de eventos acadêmicos, antes encontros e trocas presenciais, via remota. Assim, como projetar um minicurso centrado na experiência direta de caminhada alinhada aos pressupostos que viemos realizando no Navisual e BIEV? Propomos um exercício fundamentado em metáforas imaginativas que tomarão forma na confecção de um diário de percurso por essa cidade criada, recuperada da memória, desenhada, fotografada ou captada sonoramente. Tendo por base as tecnologias digitais de mapeamento e cartografia, importa dar sentido narrativo a uma experiência de errância, sem se afastar dos propósitos de pesquisa e de um campo conceitual.