MR 037. Trajetórias globais das religiões brasileiras: novas esferas

Coordenador(es):
Joana D'Arc do Valle Bahia (UERJ)

Participantes:
Aramis Luis Silva (Cebrap)
Marcelo Ayres Camurça Lima (UFJF)
Claudia Wolff Swatowiski (UFU)

Esta mesa redonda tem como objetivo explorar as implicações das novas manifestações religiosas brasileiras para o estudo da relação entre globalização e religião, a partir dessas várias práticas religiosas na Europa e na África. Cabe lembrar que o Brasil é um dos maiores atores na geografia global do sagrado. Grupos e práticas religiosas do Brasil, tão diversas quanto o Candomblé, Santo Daime, Capoeira, Pentecostalismo e o Catolicismo, podem ser identificados em diversas partes do mundo. Compreendemos a religião como construção _olhar para o modo como as práticas religiosas, tem sido atravessadas por noções, ideias e linguagens seculares_ instituindo novas invenções do laico e do religioso. Propomos analisar a religião como esferas (Sloterdijk 2003, 2009), moldadas por forças locais, globais e transnacionais, em que a religião não é um mero idioma, mas uma força importante na recriação de mundos ou de um processo de mundialização (Roy and Ong 2011; Lanz and Oosterbaan 2016; Meyer 2014). Compreendemos de que modo as fusões religioso-culturais produzem ambientes espaciais-materiais em todo o mundo. Neste sentido, a globalização da religião brasileira ilumina estes processos inúmeras e impressionantes formas, eliminando possíveis entendimentos unidimensionais das religiões globais.