MR 021. Limites da cibercultura: máquinas, corpos e algoritmos

Coordenador(es):
Theophilos Rifiotis (UFSC)

Participantes:
Maria Paula Sibilia (UFF)
Jean Segata (UFRGS)
Sergio Amadeu da Silveira (UFABC)
Luis Felipe R. Murillo (School of Data Science (UVA))

A proposta visa colocar em debate os horizontes atuais da pesquisa antropológica no campo da cibercultura, em diálogo com questões que inspiram diretamente a teoria antropológica, sobretudo no que se refere aos agentes, aos coletivos a serem considerados na análise, à agência, à busca permanente de simetrização na relação entre distintos regimes de saberes, etc. Paula Sibilla discute a digitalização da vida através de uma genealogia do corpo como máquina. Ela procura mostrar como a metáfora da máquina na modernidade serviu tanto para pensar como para desenhar estratégias de intervenção em objetos diversos como as cidades e o sistema solar, passando por instituições básicas como a escola ou a fábrica. Theophilos Rifiotis apresentará uma arqueologia do ciborgue a partir da análise de quatro cenários historicamente emblemáticos: O Turco, autômato que jogava xadrez, criado no século XVIII; 2) Frankenstein, romance de Mary Shelley (século XIX); 3) "Eu robô" de Isaac Asimov (meados do século XX); e 4) Blade Runner, filme dos anos de 1980. Finalmente, Jean Segata analisa o emprego de tecnologias digitais e tecnologias da vida como infraestruturas de políticas públicas de saúde, que prometem predizer epidemias. São modelagens de cenários de risco performados pelo emprego de algoritmos para mineração de dados e softwares de geolocalização, em associação com técnicas de ampliação de DNA, para o controle e a vigilância de mosquitos e vírus. Sérgio Amadeu e Luís F. Murillo debatedores.