OF 05. Juventudes em movimento: vivências na cultura e no esporte

Coordenador(es):
Naara Lúcia de Albuquerque Luna (DCS e PPGCS/UFRRJ)
Luiz Fernando Rojo Mattos (UFF)

Ministrantes:
Sessão 1: 
Guilhermo André Aderaldo (Ufpel)
Sessão 2: 
Ilana Strozenberg (UFRJ)

A proposta desta oficina aberta, cujo público alvo são os próprios jovens – estudantes de ensino médio, preferencialmente – é possibilitar experiências de troca com os próprios jovens do que se tem sido produzido na antropologia assim como, promover o diálogo sobre a produção da antropologia com os que estão em processo de escolha profissional a partir rodas de conversa: duas tratando de produção cultural da juventude, especialmente na periferia, e uma última sobre aspectos socioculturais do esporte.

Resumos submetidos
Cultura e ativismo nas periferias cariocas
Autoria: Ilana Strozenberg (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro), Itamar Silva. Jornalista, líder comunitário, fundador do Grupo Eco Luiz Antonio de Oliveira. Diretor do Museu da Maré, do Centro de Estudos e Ações Solid
Autoria: A partir do final da última década do século XX, o surgimento e proliferação de projetos culturais nas favelas e territórios periféricos dos grandes centros urbanos começa a alterar o mapa cultural das cidades. Criados e liderados por artistas, produtores culturais e ativistas locais, essas iniciativas, embora diversas, compartilham uma atitude comum: a valorização das expressões culturais dos territórios populares – incluindo desde os saberes e práticas tradicionais até as manifestações mais recentes como o funk, o rap, o grafite e o passinho – como instrumento fortalecimento de seus moradores e de luta contra a desigualdades e outras formas de exclusão. Com a participação de representantes de duas organizações culturais de favela, e de um projeto de extensão da UFRJ voltado para artistas, produtores culturais e ativistas de diferentes periferias cariocas, essa roda de conversa irá abordar suas experiências e percepções sobre o impacto dos projetos culturais na vida individual e coletiva das comunidades.
Roda de conversa: linguagem audiovisual e periferias urbanas
Autoria: Guilhermo André Aderaldo (Pesquisador), Guilhermo Aderado Doutor em antropologia - Universidade de São Paulo (USP) Pós-doutorando e professor colaborador do Programa de Pós-graduação em Antropologia da Universidade Feder
Autoria: Nas últimas duas décadas, diante do incremento e da relativa popularização do acesso às ferramentas digitais de comunicação, uma expressiva quantidade de jovens habitantes de regiões periféricas do país, passou a se valer do uso de dispositivos audiovisuais como modo de construir formas renovadas de representação da fronteira centro/periferia. Neste sentido, as câmeras portadas por esses sujeitos tornam-se catalizadores de relações que buscam tornar visíveis processos mais abrangentes de produção de desigualdades, que envolvem a cidade como um todo e não apenas as suas margens. Tendo esta constatação como pano de fundo, a proposta da roda de conversa será mostrar, a partir do diálogo entre pesquisas antropológicas e realizações audiovisuais recentes, o que essas produções "periféricas" têm a nos dizer sobre a paisagem desigual das cidades brasileiras contemporâneas.