SE 03. Direitos Humanos, dignidade, ativismo e os limites da atuação antropológica
Juliana Gonçalves Melo (Professora adjunta IV da Universidade Federal do Rio Grande do Norte) - Coordenador/a, Patrice Schuch (Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFRGS) - Coordenador/a, Luís Roberto Cardoso de Oliveira (Universidade de Brasília) - Participante, Lucia Eilbaum (UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE) - Participante, Marcus André de Souza Cardoso da Silva (PPGEF/UNIFAP) - Participante, Bárbara Gomes Lupetti Baptista (UFF) - Participante, Lívia Dias Pinto Vitenti (Universidade de Brasília) - Participante, Taniele Cristina Rui (Unicamp) - Participante, Karina Biondi (UEMA) - Participante, Carolina Barreto Lemos (UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (UNB) - ParticipanteA proposta é discutir as concepções de Direitos Humanos na contemporaneidade, com ênfase especial no trabalho do antropólogo e na discussão sobre dilemas vinculados às pesquisas sobre o tema. O debate, por sua própria amplitude, será dividido em três eixos. Na primeira sessão, pretendemos discutir conceitualmente a noção de Direitos e Direitos Humanos, dando especial atenção aos conceitos de moralidade e dignidade. A proposta será também dialogar com pesquisas etnográficas que priorizam esse debate e revelam a complexidade de aplicar essa concepção em contextos etnográficos onde, entre outros aspectos, a ideia de indivíduo tem menor centralidade, e/ou em cenários marcados por pela violência e onde a dignidade humana é desrespeitada reiteradamente. Em um segundo momento, a proposta é focar na discussão sobre o ativismo dos antropólogos, buscando refletir sobre as possibilidades, os limites e os dilemas de pesquisar onde acontecem violações humanitárias graves. A perspectiva é analisar ainda as possibilidades de atuação e os riscos corridos por antropólogos que ousam denunciar situações de violações e passam a ser ameaçados por isso. Na sessão três, tendo por referência a discussão anterior, objetivamos apresentar um panorama atual dos estudos sobre Direitos Humanos na antropologia brasileira a partir da atuação da Comissão de Direitos Humanos da ABA nos últimos dois anos e avaliação desses contextos.